segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"Então é Natal..."

"...e Ano Novo também"

Pera aí! Ano Novo ainda não, mas Natal sim.

Este ano tive um Natal como os outros: vi a Família, Comi pra cacete, Bebi o triplo e todas as outras coisas. Mas o que de fato me motivou a vir escrever aqui hoje foi a nova experiência que vivi nesse Natal. Acredito que toda a criança que descobre que o Bom velhinho nada mais é que uma invenção se sente uma perfeita idiota por ter caído nessa por tanto tempo, e não vê a hora de passar esse trote para frente. O que acontece é que são poucos os que conseguem realmente enganar outras crianças menores, o máximo que chegam é se sentirem "Os Superiores" por já saberem que aquele cara de barba branca lá é aquele seu tio velho e gordo que só aceitou ser papai noel porque a cerveja acabou e que o champagne só sai depois da entrega de presentes...

Este ano, eu não tive que adivinhar quem foi o Papai Noel, sabe por que?


Porque EU fui o Papai Noel! Eu posso dizer que passei o trote para frente e faço parte do seleto grupo (mais seleto que a Maçonaria!) de Papais Noel sóbrios e Espontâneos que existe desde os primórdios do Natal. Vou lhes contar melhor:

Estava lá eu sentado, comendo a minha Salada com a minha Água Mineral conversando com minha namorada e meu primo à respeito de Política e Filosofia Grega quando vieram me fazer a Proposta Formal para entrar no Club: "Oh Thi você não quer ser o Papai Noel não?" é claro que não poderia recusar. Me deram o Saco do Papai Noel onde estavam todas as roupas e acessórios. Com a ajuda do meu Gnomo e da Mamãe Noel vesti com muito esforço a roupa (que por sinal parecia que foi projetada para um Papai Noel magro e não gordo) e colocamos a maquiagem de Papai Noel, registramos o Momento:

Em seguida, fui rastejando até a rua para que os Capetinhas, digo digo, as crianças não me vissem. Do meio da rua comecei a balançar o Sino e gritar o Clássico "Ho Ho Ho". Subi as escadas e entrei na laje onde todos me esperavam, ensaiei uma tuberculose mas ninguém deu muita bola. Sentei na Cadeira do Papai Noel e lá comecei a distribuir os Presentes. De novo me pergunto se a roupa foi realmente projetada para um gordo: eu suava tanto, mais tanto que meu óculos ficou embaçado e eu não conseguia ver absolutamente nada! Discretamente tirei meu óculos e continuei a entrega de presentes. Do nada os filhos do vizinho começaram a pular na laje e eu não sabia de onde tirar presente para tanta criança, foi quando me toquei que era a hora de ir embora, me levantei tussi como um fumante e fui-me embora. "Acabou agora, é só me trocar e voltar para festa" Pensei. Doce engano...

Quando já havia tirado o gorro, que por sorte não estragou meu penteado, e a barba, encontrei uma creche correndo em minha direção e gritando "Olha o Papai Noel!!!!!" recoloquei os acessórios e torci para não me perguntarem sobre os presentes. Um deles me disse: "Papai Noel, foi o Senhor que me deu essa arminha?" e eu disse de prontidão: "É claro meu Bom Garoto, você gostou?" e ele respondeu: "Sim Papai Noel, muito! Mas eu queria um Carrinho também". Na hora eu juro que gelei, não sabia o que responder, não podia acabar com o encanto dele e também não tinha um carrinho ali na hora. Então eu disse: "Seja um bom menino, obedeça seus pais que Ano que vem eu trago um Super-Carrinho para você". Na Base do improviso, até que foi bom!

Me desvencilhei da mulecada e apertei o passo rumo à comida, ops, à festa. Voltei, me rastejei de novo para não ser visto e tirei o traje com a sensação de Dever Cumprido! Peguei um espetinho de carne e voltei para festa como se nada tivesse acontecido e vi as crianças maravilhadas com o Papai Noel. De fato eu havia me vingado! Hahahahaha


Tche Noel

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Novela!

Fala a verdade: Quem aqui nunca acompanhou uma novela? Seja ela mexicana, das 6, das 7, etc etc.

Eu mesmo que não sou muito chegado em assistir novelas já acompanhei uma dia-a-dia, "O Beijo do Vampiro", eu realmente adorei a novela, talvez pelo fato de ser voltada para um público mais teen e não ter aquela cara clichê de "Novela das 8", onde o foco é a sociedade de modo geral e os problemas que nela infringem. Particularmente não conheço muito bem as novelas das 6 e das 7, mas a novela das 8 é algo que merece um estudo mais específico.

Se você me conhece o mínimo possível através de meus posts, deve estar se perguntando o por que de eu não gostar da novela das 8, uma vez que esta retrata "a sociedade de modo geral e os problemas que nela infringem" e eu como todo apreciador da Sociologia, acho interessantíssimo o estudo da sociedade. Ai que mora o problema, eu não sei à qual sociedade a novela das 8 se refere! Tenho certeza de que NÃO se trata da Brasileira. Talvez, a minha concepção de realidade não seja igual a dos autores da Globo, pois para mim, realidade é a situação vivida pela MAIORIA das pessoas e não uma minoria mas minoria meeeeeesmo. O que vemos nas novelas é justamente o contrário: 90% do tempo dedicado a essa minoria e aspirantes a ela, e o que sobrar a algum tipo de realidade social. Chega a ser engraçado assistir uma novela onde a maior parte dos atores são completamente diferentes do "Povão" e a maior parte do capítulo se passa em escritórios e casa luxuosas que a esmagadora maioria dos espectadores nunca nem vão chegar perto. Não estou se quer insinuando que eles não têm o direito de fazer uma novela assim, é óbvio que têm, eles só não têm o direito de vinculá-la sob a luz da "Realidade Brasileira", isso é um absurdo!

E por que então as novelas são vinculadas dessa maneira? Qual a vantagem de se produzir algo de um jeito e embalá-lo de outro? Simples: O Duplipensamento! Na obra "1984", publicada em 1949, escrita pelo escritor inglês George Orwell, o autor faz diversas previsões acerca do futuro da população mundial no tão distante ano de 1984. Uma delas seria a criação de algo como um ministério dentro do Governo que teria como única função a criação e o desenvolvimento de Novelas e Seriados como forma de entreter e manipular a população. Isso mesmo, manipular, moldar a cabeça e todos os outros sinônimos. A coisa aconteceria dessa maneira: as novelas tinham como objetivo mostrar algo que não seja a realidade da maioria miserável, algo que fizesse a Grande Massa se sentir parte da elite, ou pelo menos acreditar que um dia chegará lá. E onde entra o tal do Duplipensamento ai? O Duplipensamento consiste no ato de acreditar em duas verdades diferentes e muitas vezes antagônicas, no caso as pessoas acreditam na realidade em que vivem e também na "realidade" fabricada pelo Ministério, e assim sempre que perguntadas as pessoas combinam as duas verdades e se transformam em verdadeiros conformistas. É até plausível uma pessoa se conformar, pois na "realidade" do Ministério a realidade de verdade quase não existe, e se existe basta se conformar que no final tudo da certo.

E ai, sentiu alguma semelhança? Não é estranho encararmos como realidade absoluta situações de cotidiano tão antagônicas se comparadas às nossas? O papel desempenhado pela novela das 8 é de causar desconfiança, para que você telespectador sempre desconfie de quem lhe diz que você nunca fará parte dessa minoria, ou que você NÃO é essa minoria, por mais que eles lhe pareçam mais familiares que seus próprios parentes a maior parte de nós jamais chegará a ser um deles. Desconfiança de tudo que estiver fora da "realidade" e de tudo que contradizer o Conformismo e o Ortodoxismo.Para que você ache um absurdo o Aquecimento Global e ache super natural pessoas viverem como animais em favelas, e o pior, que elas estão lá porque querem. Para que você na hora que achar que tem algo errado e que está na hora de agir, se espelhar nos personagens "perfeitinhos" das novelas que jamais fariam algo além de tomar outro banho de mar ou fazer compras no Shopping.


Tche

domingo, 12 de dezembro de 2010

Errar!

Errar: vtd 1 Cometer erro. vti 2 Enganar-se em. vti +vi 3 Andar sem destino; vagar, vaguear.

Acima, está a definição do verbo errar pelo dicionário Melhoramentos de 1997.

Na verdade, não existe uma só definição para uma palavra tão complexa quanto errar. ERRAR pode ser TUDO. Com certeza se você nunca errou um dia irá, erros são inevitáveis, acontecem com gente rica, pobre, gorda, magra, doente, saudável. Infelizmente não tem jeito, um dia todos nós cairemos nas garras dos erros, nisso somos todos iguais. O que de fato muda é a relação de cada um com o erro. Há pessoas que não podem ser criticadas, mesmo que sutilmente, e já se desintegram e não mais voltam a ser como eram, há outras que encaram as criticas como lições de aprendizado, onde se tem a chance de CRESCER!

Crescer, era nessa palavra que eu queria chegar. Crescimento e Erro estão mais próximos do que se imagina. Não há crescimento sem o erro e não há erro sem o crescimento. É necessário ser muito habilidoso para lidar com ambos. Quando somos criticados é normal começarmos a nos fazer as seguintes perguntas: "Onde eu errei?" ou "O que posso melhorar?". Se conseguir encontrar respostas, o crescimento é inevitável, pois provavelmente não cometerás tal erro novamente.(Só é necessário se atentar à possibilidade de se deparar com críticas destrutivas ou maldosas, estas têm o efeito contrário pois te impedem de crescer e ainda destroem o que está certo.) Agora, imagine a situação contrária, onde só recebemos elogios. Esta situação é mais difícil e perigosa que a situação anterior por dois motivos: 1) Com o acerto, fatalmente vem o relaxamento e com ele vem o Ortodoxismo, onde paramos de pensar o que/como estamos fazendo e consequentemente paramos de crescer e apenas executamos nossa tarefa (seja ela qual for). 2) Quando os erros param, param também as críticas e assim fica muito mais difícil perceber eventuais erros ou eventuais chances para crescer. Para inibir tais situações é extremamente necessário estar sempre se renovando e mantendo seu espírito crítico(sem exageros) sobre as coisas que você faz e mais importante que todos: NUNCA deixe de pensar, nunca execute algo apenas operacionalmente, por mais correto que esteja o seu meio de agir este nunca estará acabado, há sempre mais à agregar. São poucos estes que conseguem crescer mais em tempos de bonança.

Podemos então fixar:

Erro + Crítica Construtiva = Crescimento ;
Erro + Crítica Destrutiva = Erro ² ;
Elogio + Ortodoxismo = Estagnação ;
Crescimento + Renovação + Autocrítica = Crescimento².


Tche