segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Resenha!

Desde a minha primeira semana de trabalho, me foi solicitada um resenha sobre o filme "Tropa de Elite", mas como sempre que me pediam para fazê-la era em tom de brincadeira, desconsiderei. Sexta-feira passada a resenha me foi cobrada, contei a história acima, mas não teve choro nem vela, tive que faze-la! Ainda bem que gosto de escrever, se não seria um porre dormir quase 1 h da manhã da segunda-feira. A postarei na íntegra, desde os objetivos, até a bibliografia. Espero que gostem!

Objetivos:
Este escrito tem como objetivos explanar minhas opiniões sobre o tema principal: o filme “Tropa de Elite”, por meio de uma resenha que busca encontrar ensinamentos de caráter profissional e social no filme. A sinopse presente na página seguinte tem como único objetivo contextualizar o leitor com o tema da leitura que vem a seguir.


Sinopse:

Tropa de Elite é um filme brasileiro de 2007, dirigido por José Padilha, que tem como tema a violência urbana na cidade brasileira do Rio de Janeiro e as ações do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
O personagem central da trama é um capitão do BOPE, Tropa de Elite da Policia Militar carioca, considerada internacionalmente como a melhor força de Combate Urbano do Mundo.
Mostrando com uma profunda precisão a realidade da polícia carioca, conhecemos a história do Capitão Nascimento, membro do eficiente BOPE, esquadrão que entra em ação quando a PM não é suficiente para controlar o caos do Rio de Janeiro. Ele é selecionado para participar da operação que combate as drogas no morro do Turano, pouco antes da visita do Papa, que pretende dormir perto do local, ao mesmo tempo em que vive um conflito familiar; sua mulher o pressiona a achar um substituto, visto que ela está grávida e as missões do capitão são sempre de alto risco. Ele compreende que o Rio de Janeiro não é uma cidade de santos, mas se recusa a abandonar um certo senso de integridade que o ajuda a conviver com o caos.
Finalmente, ele encontra dois jovens Aspirantes a Oficial, que se enquadram nas características necessárias em um Policial Militar do BOPE do Rio de Janeiro, estes Aspirantes, por força do destino, acabam sendo conduzidos ao Curso de Operações Especiais que é coordenado pelo Capitão Nascimento.
O filme é altamente realista, desde o roteiro (baseado em fatos reais) até a atuação dos atores, passando por belas escolhas de locações e figurinos. As operações convencem, assim como suas execuções e resultados. Afinal, sempre há uma motivação e uma conseqüência, e um dos méritos do filme é não pular as entrelinhas entre um ponto e outro. O filme caminha com calma, explicativo. Começa em um dos clímax, voltando no tempo e, quando retorna ao ponto em que parou, vemos que aquilo era apenas um aperitivo do que viria pela frente, dividindo o filme em duas partes distintas.

Resenha:

Quando José Padilha dirigiu “Tropa de Elite” provavelmente não imaginou o sucesso que o longa teria. A pesar de ter recebido investimentos de grandes empresas como a Petrobras, não é fácil projetar um sucesso tão estrondoso, mesmo que o assunto principal do filme seja a violência e o crime de modo geral, ainda há o preconceito com filmes brasileiros. Eu, particularmente, ainda não sou muito simpático com filmes nacionais, mas há muito que ganhar e observar em “Tropa de Elite”.

O filme passa a importância da persistência e concentração. No “Processo Seletivo” que os selecionáveis do BOPE passam é impossível sair vencedor sem tal controle. O mesmo se verifica no ambiente empresarial, uma vez que a persistência é inerente ao “espírito empreendedor”. Já a concentração é fundamental para o bom rendimento. É necessário estar centrado e ciente em seus objetivos, para assim, realizar bem suas tarefas e consequentemente edificar.
Razão X Emoção: podemos resumir este embate em Matias X Neto. Mesmo que os dois sejam grandes amigos, é inevitável notar o contraste que José Padilha deu aos dois Aspirantes. Enquanto Neto faz o papel do tradicional super-herói, competente e habilidoso, que resgata a mocinha e que faz tudo por impulso, e que acaba por demonstrar uma espécie de egocentrismo devido a tanta confiança e fantasia, Matias é o retrato do cidadão pacato que vive sua vida normalmente, sem deixar de ser inquieto e se levantar quando vê algo que o desagrada – faz o tipo frio e calculista que planeja e imagina todos os passos que vem a seguir antes de realizá-los, mas quando necessário tem o pulso firme para retomar o controle da situação. Qual dos dois perfis você contrataria para a sua empresa? Se por um lado Neto é enérgico e talentoso, Matias é um excelente estrategista com a frieza necessária para resolver situações difíceis. A Resposta é: Ambos! Matias completa Neto e Neto completa Matias, a verdade é que ambos seriam o profissional perfeito, mas comprometido com um retrato fidedigno da realidade, José Padilha não poderia mostrar o profissional perfeito, pois este não existe. Subliminarmente, o Diretor responde a essa pergunta: quando Neto morre nas mãos do traficante Baiano, fica clara a imagem do que aconteceria não muito a diante, “sem querer” Padilha nos diz que Matias mesmo não sendo tão habilidoso quanto Neto, ainda seria um comandante melhor. Matias tem o autocontrole, censo de liderança e o trabalho em equipe que faltam a Neto. Aquele acaba se tornando um profissional mais completo, pois tem o preparo suficiente para delegar aquilo que julgar ser incapaz de fazer. Fundamental a qualquer segmento da vida é ter humildade e saber enxergar as coisas com olhos realistas. Neto provavelmente seria um comandante-em-chefe incompleto, talvez até mais próximo do Capitão Nascimento do que de Matias, um traço facilmente imaginável no “Capitão” Neto é o Totalitarismo.

Não sei quanto a você, mas para mim o personagem Capitão Nascimento é a representação prática do fracasso de todo e qualquer tipo de totalitarismo, seja político seja administrativo. Concordo que é necessário ter o pulso firme para comandar o BOPE, inclusive até penso que o Totalitarismo de Nascimento é mais grave em sua vida particular, uma vez que não consegue se desligar do trabalho. Assim como Neto, Nascimento ainda não tem a habilidade de delegar funções e decisões importantes, mantem-se sempre o traço centralizador. Em uma empresa, um chefe centralizador e totalitário só traz prejuízos. Uma vez que todo o trabalho intelectual e que necessite de decisões firmes fica em suas mãos, os subordinados acabam se tornando robôs programáveis de acordo com a vontade do chefe, já que não são capazes de realmente entender os processos e meios para se chegar a tal decisão. Além do óbvio, um grande problema tem mais chances de ser resolvido quando muitos pensam. Isso me faz ressaltar a importância de todos no sucesso de qualquer empresa, a importância tem de ser dividida igualmente entre todos os que colaboram para o andamento e funcionamento da empresa. O que de fato muda de um colaborador para o outro é o peso de sua decisão, a sua responsabilidade. O erro de um pode custar mais caro que o de outro, mas qualquer um, qualquer setor que deixe de estar em dia com as suas obrigações já trava e dificulta o processo. Por isso é necessário dividir obrigações para que todos possam contribuir juntos.O comandante totalitário manda, o comandante coerente delega.

Ficha do filme Tropa de Elite:

Título original: Tropa de Elite - Elite Squad (EUA)
País: Brasil
Ano:2007
Idiomas: Português
Diretor: José Padilha
Roteiro: Bráulio Mantovani, José Padilha e Rodrigo Pimentel
Gênero: Ação / Crime / Drama
Duração: 118 minutos
Elenco: Wagner Moura - Capitão Nascimento Caio Junqueira - Neto André Ramiro - Matias Milhem Cortaz - Capitão Fábio Luiz Gonzaga de Almeida Fernanda de Freitas - Roberta Bruno Delia - Capitão Azevedo Marcelo Escorel - Coronel Otávio André Felipe - Rodrigues Thelmo Fernandes - Sargento Alves Emerson Gomes - Xaveco Paulo Hamilton - Soldado Paulo Bernardo Jablonsky - Law teacher Fábio Lago - Baiano Daniel Lentini - Rapaz 3 da Festa Fernanda Machado - Maria André Mauro - Rodrigues Alexandre Mofatti- Sub-Comandante Carvalho Erick Oliveira - Marcinho Maria Ribeiro - Rosane André Santinho - Tenente Renan Patrick Santos - Tinho Ricardo Sodré - Cabo Bocão Thogun - Cabo Tião Marcelo Valle - Capitão Oliveira Paulo Vilela - Edu entre outros.
Produção: José Padilha e Marcos Prado
Música: Pedro Bromfman
Fotografia: Lula Carvalho
Desenho de Produção: Tulé Peak
Figurino: Cláudia Kopke
Edição: Daniel Rezende
Prêmios: Urso de Ouro do Festival de Berlim de 2008

Conclusão:

Após assistir o filme “Tropa de Elite” afirmo que este não tem o intuito de apenas divertir o espectador, ou fazer uma crítica realista à violência e ao crime organizado Carioca, mas que contém uma série de conceitos e ensinamentos aplicáveis tanto a vida particular como a vida profissional, tais como a persistência e a concentração. Por fim concluo que nas páginas anteriores foi possível passar todos esses conceitos do filme de José Padilha para esta Resenha.

Bibliografia:

http://pt.shvoong.com/law-and-politics/1676920-filme-tropa-elite/
http://www.blogbrasil.com.br/historia-do-filme-tropa-de-elite/
http://www.adorocinema.com/filmes/tropa-de-elite/

Um comentário:

Fernanda Monteiro disse...

Poooooooo
nossa, ficou muuito bom amor
(:
só a conclusão que ficou meio pequena, mas ta ótima a resenha

Um dez garantiido, nao tem nem o que descutir ;D